terça-feira, 10 de março de 2009

alma e inverno


Soturna como a sombra da loucura,
Sinistra como o espectro da traição,
Minha alma é tempestade de amargura,
Inverno de infinita escuridão.

Sou eco da eterna condenação,
Relâmpago que rasga a noite escura,
Fantasma de eterna desolação,
Gélido deserto de vida obscura.

Ausente como a sombra do passado,
Sou murmúrio de uma alma sem pecado,
Condenada a morrer sem ter abrigo.

Mas, mundo cruel que me condenaste,
Prometo que, pelo mal que me causaste,
Te hei-de levar aos Infernos comigo!

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